Como apontava Peter Druker, um dos mais importantes investigadores da área da gestão do século XX: “Temos hoje de assumir a responsabilidade de nos gerirmos a nós próprios, desenvolvendo os nossos valores, os nossos saberes, as nossas competências, porque esta é a marca distintiva da época em que vivemos”.
Por isso mesmo, diria, que a participação em processos formativos nunca poderá ser neutra do ponto de vista do formando, o desejo de aprender é uma medida da dimensão da sua ambição.
Por outro lado, também não são neutros os valores, as atitudes e forma de ministrar a formação por parte dos formadores, tanto mais que a aprendizagem, somente num plano de confiança mútua conseguirá o envolvimento dos indivíduos, incentivando-se a vontade de aprender.
Nesta medida, parece-nos de particular interesse, a circunstância de a formação, não só dever contribuir para a aquisição de saberes de carácter técnico, mas poder também contribuir para o desenvolvimento individual, por via de aprendizagens de carácter comportamental e reforço de valores.
Desta forma as pessoas ficarão mais bem equipadas para agir ou reagir, perante novas realidades e problemáticas, saberão relacionar-se, trabalhando em grupo de forma eficaz, porque partirão de uma base mais profunda, na compreensão de si próprios e por isso de um melhor entendimento dos outros.
Sem qualquer duvida que, a percepção do valor do conhecimento, e implicitamente das exigências e dos esforços que a sua aquisição implica, é o que distingue as sociedades desenvolvidas, empreendedoras e naturalmente competitivas.
Por outro lado, para as pessoas, a importância do trabalho, não tem apenas que ver com meras necessidades de retribuição financeira, mas assume especial importância pelo reconhecimento que possibilita perante os seus pares, reforçando desta forma, sentimentos de pertença, identidade de grupo, sentido de coesão e solidariedade, factores essenciais ao pleno exercício das condições de cidadania. E este aspecto é absolutamente vital do ponto de vista do desenvolvimento social com reflexo na economia, por via da criação de melhores condições de produtividade e competitividade.
Juntos valemos mais
Formar e sobretudo formarmo-nos, deve primeiramente cuidar no ajudar a ser para que seguidamente ajude a aprender e a fazer, e isso é empreendermos em nós próprios, criando condições para socialmente sermos parte activa de uma sociedade também ela mais empreendedora e por isso mais rica.
Arrisquemo-nos pois, a largar o fácil e o confortável
Os indivíduos, as organizações os resultados.
Como muito bem referia Peter Druker um dos mais importantes investigadores da área da gestão do século XX: “… é óbvio que os únicos recursos susceptíveis de crescimento são os humanos, os outros regem-se pelas leis da mecânica. Podem ser melhor ou pior utilizados, mas nunca podem alcançar um rendimento superior à soma das suas componentes.”
Efectivamente a criação de valor e de riqueza, encontram-se cada vez mais dependentes da forma como se cria, desenvolve e gere o conhecimento dentro das empresas e organizações.
No entanto essa capacidade de fazer mais, melhor e até diferente, isto é, inovar, terá como suporte fundamental a vontade firme de mudança dos indivíduos, sendo sinónimo de ambição individual e colectiva, com evidente reflexo na capacidade de empreender.
Os novos contextos de organização do trabalho reflectem estas circunstâncias, uma vez que se encontram baseados em maiores níveis de responsabilização das pessoas, são desenvolvidos por equipas de constituição flexível, recorrem a fluxos intensos de informação e focam-se na consecução dos resultados, com a qualidade requerida e ao menor custo.
Neste contexto importa pois que nos preocupemos em possuir mais qualificações técnicas e melhores competências relacionais. Este último aspecto é particularmente relevante já que quase todos nós trabalhamos em grupos de produção, empresas e organizações.
Assim sendo, é notória a importância da aposta no desenvolvimento pessoal, baseado na aquisição consistente de competências, que diríamos ser aquilo que conseguimos fazer com o que sabemos em permanente relação com os outros, e estes também influem no resultado do nosso trabalho.
Efectuemos um exercício simples: vejamos à nossa volta quais são as melhores empresas para trabalhar e quem são os profissionais de sucesso, que conhecemos, questionando seguidamente porque efectivamente, aquelas empresas e aquelas pessoas, se destacam.
Em síntese diríamos, ser obrigação de todos apoiarmos o desenvolvimento das comunidades produtivas em que nos inserimos, a empresa ou organização, na qual deveremos ser agentes activos e participativos, propondo melhorias com reflexo nas condições e resultados, partilhando de forma aberta e comprometida, saberes, conhecimentos e experiências de vida.
O sucesso das empresas, dos empreendimentos em que trabalhamos, é naturalmente reflexo do nosso próprio sucesso, na nossa capacidade de empreender, independente de sermos empresários, trabalhadores por conta própria, trabalhadores por conta de outrem.
Empreendedor é todo aquele que faz a diferença, no meio onde opera.
Por isso empreender em algo tem que ver com a ambição de melhor ser, para melhor fazer e competentemente saber como fazê-lo.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
A FORMAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL
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